Confissão

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Confissão
Lev Tolstói
Tradução, Comentário e Notas de Nina Guerra e Filipe Guerra

Alfabeto
1º Edição
Dezembro de 2010
163 págs.

«A morte de Lev Tolstói, há cem anos, é carregada de simbolismo, ligado também às crónicas russas antigas em que as mortes aconteciam em viagem, na fuga aos convencionalismos da vida quotidiana. Assim morreu também Lev Tolstói, depois da fuga de casa, numa pequena estação de comboios. Diz Dmítri Lukhatchov em Lev Tolstói e as Tradições da Literatura Russa Antiga: «Tolstói, com a sua consciência que não se resignava à paragem e à rigidez, era por carácter um peregrino, o típico peregrino russo, na vida e nas buscas criadoras e éticas.»

Grande parte da obra de Tolstói é, mais do que autobiográfica, confessional. Confessional no sentido lato e também no sentido restrito – religioso e sacramental. Salvas as devidas diferenças na abordagem filosófica e teológica, pode dizer-se que Tolstói segue a linha da Confissão (a confissão como veículo literário e filosófico de ruptura) iniciada na cultura ocidental por Santo Agostinho, sendo uma das figuras tutelares (juntamente com Rousseau, Nietzsche, Kierkegaard, etc.) deste estilo confessional, mesmo nos romances mais livres e ficcionados.»

– Filipe Guerra

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