Playlist #49 – António Lago Posted in: Playlist

Em Sequência
2020
5’ 29’’ (loop)

Video-performance desenvolvida em torno do texto de Peter Handke ” Grito de Socorro” e dos líderes que dirigem vários países em diferentes zonas do globo. O assassinato/ suicídio como forma de libertação. Frases retiradas de jornais e revistas são projetadas na parede. Vários ditadores cometem o suicídio. 

Bio

António Lago nasceu em Vila Verde, 1966. 

Em 1995 conclui o curso de encenação, interpretação e dramaturgia na École International de Théatre Jacques Lecoq, em Paris. Em 1996 co- fundou o grupo de teatro, Teatro Só. Em 2006 co- fundou o espaço A Sala, dedicado às artes performativas.

Encenou os seguintes espetáculos:

Máquina- Hamlet de Heiner Müller; India Song de Marguerite Duras; Credo de Enzo Cormann; Roberto Zucco de Bernad- Marie Kóltes; A Doença da morte de Marguerite Duras; Material- Müller, compilação de textos de Heiner Müler; A força do hábito de Thomas Bernhard; D. Juan em sua companhia de Regina Guimarães; Visitantes de Botho Strauss; WSB, compilação de textos de William S. Burroughs; Sr. Krauss de Gonçalo M. Tavares.

Participou como intérprete: 

Pelo buraco da fechadura da fechadura de Joe Orten com encenação de Rogerio de Carvalho; Vidas Silênciosas de João Fiadeiro WSB de William S. Burroughs com encanação do próprio; A hora em que nada sabíamos uns dos outros de Peter Handke com encenação de José Wallenstein; Liberdade em Bremen de Rainer Wemer Fassbinder com encenação de Julio Cardoso; Carícias de Sergi Bebel com encenação de Paulo Castro; Falta de nervo, falta de fibra, falta de coragem, falta de convicção 

Criou as seguintes Performances:

So Sweet, Fresh Meat!; You`re not Go(o)d!; Grito de Socorro; S/ título ( panótico); Perdição I ; Perdição II; Perdição III; Eu sou a minha própria casa; Hande Kader; América; Petróleo; Inside; A desordem é um estado simpático;  Ekstásis Náuticas; Out there; Machine gun; Investigações geométricas; Derrama; Pedes me que ajoelhe mas eu recuso sempre; Duras/ Yann.  

Q&A

Que perguntas ou temáticas te interessam mais?

As temáticas que desenvolvo tem de possuir uma forte carga social e política. Questões de caracter individual per se não me interessam explorar.

Por onde costuma começar o teu trabalho?

O meu trabalho começa sempre por reflexões que faço, normalmente sobre temáticas que me inquietam, sobre tudo de ordem social e política. O poder do mais forte. A violência sobre o mais fraco. As minorias. As margens. O abandono. A morte.

Na tua opinião, o que é que faz falta à Arte?

Falta nas artes espaços de reflexão para os artistas poderem debater. Discutirem temas que mais os inquietam e movem. Refletirem em tempo real e útil de forma a agirem na sociedade de forma mais acutilante e com maior permanência. A arte não como um espelho, mas como um martelo. 

EN

Em Sequência
2020
5’ 29’’ (loop)

Video-performance developed around Peter Handke’s text “Scream for Help” and the leaders who lead several countries in different areas of the globe. Murder / suicide as a form of liberation. Phrases taken from newspapers and magazines are projected on the wall. Several dictators commit suicide.

Bio

António Lago was born in Vila Verde in 1966.

In 1995 he completed a staging, acting and dramaturgy course at the École International de Théatre Jacques Lecoq, in Paris. In 1996 he co-founded the theater company Teatro Só. In 2006 he co-founded the space A Sala, dedicated to the performing arts.


As stage director:

Máquina- Hamlet by Heiner Müller; India Song by Marguerite Duras; Credo by Enzo Cormann; Roberto Zucco by Bernad- Marie Kóltes; A Doença da morte by Marguerite Duras; Material- Müller , compilled writings by Heiner Müler; A força do hábito by Thomas Bernhard; D. Juan em sua companhia by Regina Guimarães; Visitantes by Botho Strauss; WSB compilled writings by William S. Burroughs; Sr. Krauss by Gonçalo M. Tavares.

As actor:

Pelo buraco da fechadura da fechadura by Joe Orten, stage direction by Rogerio de Carvalho; Vidas Silênciosas by João Fiadeiro; WSB by William S. Burroughs, stage directed by himself; A hora em que nada sabíamos uns dos outros by Peter Handke, stage direction José Wallenstein; Liberdade em Bremen by Rainer Wemer Fassbinder, stage direction Julio Cardoso; Carícias by Sergi Bebel, stage direction Paulo Castro; Falta de nervo, falta de fibra, falta de coragem, falta de convicção, stage directed by himself. 

Performances:

So Sweet, Fresh Meat!; You`re not Go(o)d!; Grito de Socorro; S/ título ( panótico); Perdição I ; Perdição II; Perdição III; Eu sou a minha própria casa; Hande Kader; América; Petróleo; Inside; A desordem é um estado simpático;  Ekstásis Náuticas; Out there; Machine gun; Investigações geométricas; Derrama; Pedes me que ajoelhe mas eu recuso sempre; Duras/ Yann.  

Q&A

What questions or themes interest you the most?

The themes that I develop must have a strong social and political content to them. I do not care to explore subjective issues, per se. 

Where does you work usually start?
My work always starts with reflections that I make, usually on themes that concern me, above all of a social and political nature. The power of the strongest. Violence over the weak. Minorities. The margins. Abandonment. Death.

In your opinion, what is lacking in art?
The arts are lacking spaces for reflection, for artists to debate. To discuss topics that most disturb and move them. To reflect in real and useful time in order to act in society more sharply and with greater permanence. Art not as a mirror, but as a hammer.

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