Playlist #14 – Cristina Mateus Posted in: Eventos, Playlist

PLAYLIST #14 – CRISTINA MATEUS

7, 8, 9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 E 30 DE SETEMBRO – 22H00

 

POR ESSE ANDAR NÃO VAIS A LADO NENHUM, 2000

INSTALAÇÃO VÍDEO (COR, 4’56’’)

[EXPOSIÇÃO FUGA, 2000, GALERIA CESAR, LISBOA]

 

DE UMA TENTATIVA DE CONSTANTE FUGA, DE UM MOVIMENTO VERTIGINOSO, DE UM PROCESSO ABERTO, SEM TEMPO, OU CIRCUNSCRITO AO INSTANTE, PARECE QUERER NASCER ESTE TRABALHO.

ESTE VÍDEO, COM SOM, É UM TRAVELLING. LEMBRA PRINCIPALMENTE UMA VIAGEM NUM FILME DE NANNI MORETTI (“QUERIDO DIÁRIO”) DE UM PERCURSO DENTRO DA CIDADE FEITO NUMA VESPA. SERÁ ESTA UMA VIAGEM FANTÁSTICA PORQUE O VIAJANTE SE DEIXA ENVOLVER NELA.

AS IMAGENS DESTE VÍDEO ELABORADAS A PARTIR DE UMA VIAGEM QUE SE FEZ DENTRO DE UM CARRO, TAMBÉM TERIAM ESSA VONTADE DE EVASÃO. AS IMAGENS SÃO ACOMPANHADAS POR UM PEQUENO SAMPLE DE UMA MÚSICA DE PJ HARVEY (“RID OF ME”) QUE COLOCADO EM LOOP AJUDA A COMPREENDER ESSA NECESSIDADE DE UM CORPO QUE REALIZA UM MOVIMENTO VERTIGINOSO, QUE DESEJA NÃO PARAR (APESAR DE NO VÍDEO NÃO SER VISÍVEL O CORPO, MAS SIM A PERSPECTIVA DO OLHAR DE UM CORPO QUE OBSERVA ATRAVÉS DE UMA JANELA DE UM VEÍCULO EM MOVIMENTO).

 

VAI E VEM, 2004

VÍDEO, DVD, COR, 4’16’’, LOOP.

[QUARTEL, ARTE, TRABALHO E REVOLUÇÃO, 2004, LIVRARIA UTOPIA, PORTO]

 

“VAI E VEM” SÃO IMAGENS DE UM TRÂNSITO REGULAR. CÁ E LÁ, PARA A ESQUERDA E PARA A DIREITA. PARA UM LADO E PARA O OUTRO. TUDO ENCAIXA NA ROTINA DE UM DIA DE TRABALHO. “VAI E VEM” SÃO ROTINAS, SÃO CADÊNCIAS DO DIA-A-DIA. QUEM ALI ESTÁ TRABALHA, TEM UM GUIÃO COMBINADO,SABE QUAIS SÃO OS MOVIMENTOS QUE O CORPO DEVE EXECUTAR. QUE FAZER? ISTO E AQUILO. PARAA FRENTE E PARA TRÁS. É O TRABALHO QUE É PRECISO FAZER. E FAZ-SE. É UM TRABALHO QUE TODOS FAZEMOS. É UM VAI E VEM. NÃO PÁRA O MOVIMENTO, OS OBJETOS SÃO PARA TRANSPORTAR, MESMO OS OBJETOS PESADOS. AS COISAS SÃO PARA FAZER, É PRECISO FAZER O TRABALHO. A COR VERDE DAS IMAGENS É BANAL. É A POSSIBILIDADE DO ERRO. A POSSIBILIDADE DA REALIDADE SE ENGANAR E FICAR VERDE. O CARÁCTER TRANSFORMISTA DESTE VERDE ALASTRA-SE COMPROMETENDO O REAL. SERÁ QUE ERA ASSIM? NÃO HÁ SOM. O SOM VEM DO ESPAÇO QUE O VÍDEO HABITA. O LUGAR PARA ONDE FOI APRESENTADO PELA PRIMEIRA VEZ, A LIVRARIA UTOPIA, NO PORTO, PERTENCEU-LHE, FEZ-LHE COMPANHIA E O SOM ASSOCIOU-SE AO SEU PRÓPRIO TEMPO. OS RITMOS DOS DOIS LUGARES ESTIVERAM ALI EM CONFRONTO, NOS DOIS SILÊNCIOS, NOS DOIS ESPAÇOS HABITADOS. AS IMAGENS ENCONTRARAM A POUCA DISTÂNCIA NO EXTERIOR (O QUARTEL DA PRAÇA DA REPÚBLICA), O SEU ESPELHO DEFORMADO. EM AMBOS EXISTIA MOVIMENTO.

 

QUEDA, 2005

VÍDEO DVD, COR, SOM, 1’14’’

[PENTHOUSE – UMA OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA, 2005, RUA DE CEUTA, 16, PORTO]

 

UM APARTAMENTO NO CENTRO DA CIDADE DO PORTO, DESABITADO, FOI O PONTO DE PARTIDA PARA ESTE TRABALHO. ESTA HABITAÇÃO TEM A PARTICULARIDADE DE SOBREVOAR A CIDADE A PARTIR DAS SUAS JANELAS ABERTAS, VARANDAS E PÁTIOS, CARACTERÍSTICA QUE PERMITE UM OLHAR DEMORADO SOBRE A CIDADE. AINDA A MARCAR O ESPAÇO, E PORQUE O PRÉDIO FOI CONSTRUÍDO TIRANDO PARTIDO DE UM DIFÍCIL ENCAIXE COM UM OUTRO EDIFÍCIO, HÁ ARESTAS QUE SE IMPÕEM NA PAISAGEM. CONVIDEI UM ALPINISTA A PERCORRER AS LINHAS LIMITE DESTE PRÉDIO, NUMA ATRAÇÃO PELA INSTABILIDADE. A PARTIR DO EDIFÍCIO, ESTE CORPO LANÇA-SE NO CÉU ABERTO E CAI.

 

TELL ME THINGS, 2007

VÍDEO, MINI-DV TRANSFERIDO PARA DVD; SOM, STEREO, COR, 14’ 32’’.

BANDA SONORA CONSTRUÍDA SOBRE MÚSICA DE TBA (FAIXA “OKEAN K,” DO ÁLBUM ANNULÉ, DE 2005).

[CONTA-ME COISAS, 2007, GALERIA FERNANDO SANTOS (ESPAÇO 531), PORTO]

 

“CONTA-ME COISAS” PARTE DE UMA NOSTALGIA VAGA DO REAL. É UM REAL QUE ESTÁ LONGE E POR ISSO MUITO DESFOCADO. É UM REAL QUE NÃO ESTÁ ALI. HÁ UMA DISTÂNCIA, UM LAPSO DE TEMPO. HÁ UMA IRREAL SENSAÇÃO DE UM PERCURSO. NÃO HÁ PERCURSO, NA VERDADE SÃO IMAGENS DISTANTES. É UM ENGANO, O MOVIMENTO DAS IMAGENS. ESTAS NÃO QUEREM PERTENCER AO TEMPO REAL DAS COISAS, POR ISSO SÃO SEM TEMPO, O QUE PÕE EM RISCO A SUA NATUREZA. NEM HÁ IMAGENS AQUI. AS IMAGENS ESTÃO NO TEXTO QUE SE SOBREPÕE ÀS NÃO-IMAGENS. É UM TEXTO MAIS OU MENOS DESCONEXO E TOTALMENTE ALIENADO NA SUA PRÓPRIA NARRATIVA, O QUE PROVOCA UM HIPNOTISMO. ESTÁ MUITO PRÓXIMO DE UMA HISTÓRIA PARA CONTAR. CHEIO DE EQUÍVOCOS, CHEIO DE PROJEÇÕES.

 

BIO

CRISTINA MATEUS (PORTO, 1968) VIVE E TRABALHA NO PORTO.

NOS ÚLTIMOS ANOS APRESENTOU AS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS J. E AS PEDRAS (ESPAÇO MIRA, PORTO), ИOIT (GALERIA FERNANDO SANTOS, PORTO) E RÉPÉTITION (CÍRCULO DE ARTES PLÁSTICAS DE COIMBRA) E PARTICIPOU NAS EXPOSIÇÕES COLECTIVAS LUGARES DE VIAGEM – BIENAL DA MAIA 2015HOMELESS MONALISA (COLÉGIO DAS ARTES, COIMBRA), DIÁLOGO (GALERIA FERNANDO SANTOS, PORTO), UMA (PAINEL – GALERIA DA FBAUP, PORTO), P.- UMA HOMENAGEM A PAULO CUNHA E SILVA, POR EXTENSO (GALERIA MUNICIPAL DO PORTO). REALIZOU TAMBÉM EM 2015 A CENOGRAFIA PARA LASTRO DA COREÓGRAFA NÉ BARROS E PARTICIPOU COMO INTÉRPRETE NO FILME A SANTA JOANA DOS MATADOUROS DE JOÃO SOUSA CARDOSO (2016). EM 2016 PRESENTOU A PERFORMANCE …DE QUALQUER MODO HÁ UM RITMO FORTE…E TU SABES O QUE É. NÃO DÁ PARA PARAR (MAUS HÁBITOS, PORTO). CONCEPÇÃO DO VIDEOCLIP PARA A FAIXA SLEEP DO ALBUM THREE-BODY PROBLEM, @C, DE PEDRO TUDELA E MIGUEL CARVALHAIS, LANÇADO NO CINEMA PASSOS MANUEL, PORTO. RESIDÊNCIA ARTÍSTICA COMUNITÁRIA NO CONCELHO DE MOGADOURO, TRÁS-OS-MONTES, A CONVITE DE JOÃO PINHARANDA E DA FUNDAÇÃO EDP, COM INÍCIO EM ABRIL DE 2016, E QUE TERÁ CONCLUSÃO EM SETEMBRO DE 2017. NESTE ANO APRESENTA A PERFORMANCE PASSWORD NO PROJETO E AGORA…? DE SUSANA CHIOCCA NA NOITE DE PERFORMANCES, MAUS HÁBITOS, PORTO. PARTICIPAÇÃO NA EXPOSIÇÃO COLECTIVA THEM OR US, UM PROJECTO DE FICÇÃO CIENTÍFICA, SOCIAL E POLÍTICA, COM CURADORIA DE PAULO MENDES NA GALERIA MUNICIPAL DO PORTO. CONCERTO/PERFORMANCE BOMBE À RETARDEMENT (BEFORE) PELOS TWIN GIRLS AND WILD BOYS, BANDA DA QUAL FAZ PARTE, NA NOITE DE INAUGURAÇÃO DESTA EXPOSIÇÃO.

HTTP://CM.VIROSE.PT/

 

INGLÊS

PLAYLIST #14 – CRISTINA MATEUS

SEPTEMBER 7, 8, 9, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 AND 30 – 10:00PM

POR ESSE ANDAR NÃO VAIS A LADO NENHUM, 2000

VIDEO INSTALLATION (COLOR, 4’56’’)

[EXHIBITED IN FUGA, 2000, GALERIA CESAR, LISBON]

FROM AN ATTEMPT OF CONSTANT FLIGHT, OF A VERTIGINOUS MOVEMENT, OF AN OPEN PROCESS, WITHOUT TIME, OR CIRCUMSCRIBED TO THE MOMENT; THAT IS HOW THIS WORK SEEMS TO WANT TO BE BORN.

THIS VIDEO, WITH SOUND, IS A TRAVELING. IT MAINLY RECALLS A RIDE IN A MOVIE BY NANNI MORETTI (“DEAR DIARY”), A TOUR INSIDE THE CITY MADE ON A VESPA. IT WILL BE A FANTASTIC TRIP BECAUSE THE TRAVELLER GETS INVOLVED IN IT.

THE IMAGES OF THIS VIDEO, CREATED FROM A JOURNEY MADE INSIDE A CAR, WOULD ALSO HAVE THIS SAME WILL FOR EVASION. THE IMAGES ARE ACCOMPANIED BY A SMALL SAMPLE OF A SONG BY PJ HARVEY (“RID OF ME”) WHICH, PLAYED AS A LOOP, HELPS TO UNDERSTAND THIS NEED FOR A BODY THAT PERFORMS A VERTIGINOUS MOVEMENT, THAT WISHES NOT TO STOP (ALTHOUGH IN THE VIDEO THE BODY IS NOT VISIBLE, BUT RATHER THE PERSPECTIVE OF LOOKING ENACTED BY THE BODY THAT OBSERVES THROUGH A WINDOW OF A VEHICLE IN MOVEMENT).

 

VAI E VEM, 2004

VIDEO (DVD), COR, 4’16’’, LOOP.

[QUARTEL, ARTE, TRABALHO E REVOLUÇÃO, 2004, LIVRARIA UTOPIA, PORTO]

“VAI E VEM” (COMING AND GOING) SHOWS IMAGES OF A REGULAR TRANSIT. HERE AND THERE, TO THE LEFT AND TO THE RIGHT. TO ONE SIDE AND TO THE OTHER. EVERYTHING FITS INTO THE ROUTINE OF A DAY’S WORK. “VAI E VEM” SHOWS ROUTINES, CADENCES OF THE EVERYDAY. HE WHO IS THERE WORKS THERE, HAS AN PREPARED SCRIPT, KNOWS WHICH ARE THE MOVEMENTS THAT THE BODY MUST PERFORM. WHAT TO DO? THIS AND THAT. BACK AND FORTH. IT’S THE WORK THAT NEEDS TO BE DONE. AND IT IS DONE. IT’S A JOB WE ALL DO. IT’S A COME AND GO. MOVEMENT NEVER STOPS, OBJECTS ARE FOR CARRYING, EVEN HEAVY OBJECTS. THERE ARE THINGS THAT NEED TO BE DONE, YOU MUST DO THE WORK. THE GREEN COLOUR OF THE IMAGES IS BANAL. IT IS THE POSSIBILITY OF ERROR. THE POSSIBILITY OF REALITY MISTAKING ITSELF AND TURNING GREEN. THE TRANSFORMING CHARACTER OF SUCH GREEN SPREADS OUT, COMPROMISING THE REAL. WAS IT SO? THERE IS NO SOUND. THE SOUND COMES FROM THE SPACE THAT THE VIDEO INHABITS. THE PLACE WHERE IT WAS FIRST EXHIBITED, UTOPIA BOOKSTORE IN PORTO, BELONGED TO IT, KEPT IT COMPANY, AND THE SOUND ASSOCIATED WITH ITS OWN TIME. THE RHYTHMS OF THE TWO PLACES WERE THERE IN CONFRONTATION, IN THE TWO SILENCES, IN THE TWO INHABITED SPACES. THE IMAGES FOUND AT A SHORT DISTANCE OUTSIDE (THE BARRACKS OF THE PRAÇA DA REPÚBLICA), THEIR DEFORMED MIRROR. IN BOTH THERE WAS MOVEMENT.

 

QUEDA, 2005

VIDEO (DVD), COLOUR, SOUND, 1’14’’

[PENTHOUSE – UMA OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA, 2005, RUA DE CEUTA, 16, PORTO]

AN APARTMENT IN THE CENTER OF THE CITY OF PORTO, UNINHABITED, WAS THE STARTING POINT FOR THIS WORK. THIS HOUSE HAS THE PARTICULARITY OF FLYING OVER THE CITY FROM ITS OPEN WINDOWS, BALCONIES AND PATIOS, A CHARACTERISTIC THAT ALLOWS A LINGERING LOOK AT THE CITY. MARKING THE SPACE, AND BECAUSE THE BUILDING WAS BUILT TAKING ADVANTAGE OF A DIFFICULT FIT WITH ANOTHER BUILDING, THERE ARE EDGES THAT IMPOSE ON THE LANDSCAPE. I INVITED A CLIMBER TO WALK THE BOUNDARY LINES OF THIS BUILDING, IN AN ATTRACTION FOR INSTABILITY. FROM THE BUILDING, THIS BODY THROWS ITSELF INTO THE OPEN SKY AND FALLS.

 

TELL ME THINGS, 2007

VÍDEO, MINI-DV TRANSFER TO DVD; SOUND (STEREO), COLOUR, 14’ 32’’.

SOUNDTRACK DEVELOPED FROM MUSIC BY TBA (“OKEAN K,” TRACK FROM THE ALBUM ANNULÉ, 2005).

[CONTA-ME COISAS, 2007, GALERIA FERNANDO SANTOS (ESPAÇO 531), PORTO]

“CONTA-ME COISAS” (TELL ME THINGS) STARTS FROM A VAGUE NOSTALGIA FOR THE REAL. IT IS A REAL THAT IS FAR AND THEREFORE VERY UNFOCUSED. IT IS A REAL THAT IS NOT THERE. THERE IS A DISTANCE, A LAPSE IN TIME. THERE IS AN UNREAL SENSE OF A PATH. THERE IS NO ROUTE, IN FACT THEY ARE DISTANT IMAGES. IT IS A MISTAKE, THE MOVEMENT OF IMAGES. THESE DO NOT WANT TO BELONG TO THE REAL TIME OF THINGS, SO THEY ARE TIMELESS, WHICH ENDANGERS THEIR NATURE. THERE ARE NO IMAGES HERE EITHER. IMAGES ARE IN THE TEXT THAT OVERLAPS NON-IMAGES. IT IS A MORE OR LESS DISCONNECTED TEXT AND TOTALLY ALIENATED IN ITS OWN NARRATIVE, WHICH CAUSES A HYPNOTISM. IT IS VERY CLOSE TO STORYTELLING. FULL OF MISUNDERSTANDING, FULL OF PROJECTIONS.

BIO

CRISTINA MATEUS (PORTO, 1968) LIVES AND WORKS IN PORTO.

OVER THE LAST FEW YEARS SHE HAS PRESENTED THE SOLO EXHIBITIONS J. E AS PEDRAS (ESPAÇO MIRA, PORTO), ИOIT (GALERIA FERNANDO SANTOS, PORTO) AND RÉPÉTITION (CÍRCULO DE ARTES PLÁSTICAS DE COIMBRA), AND HAS BEEN PART OF THE GROUP SHOWS LUGARES DE VIAGEM – BIENAL DA MAIA 2015HOMELESS MONALISA (COLÉGIO DAS ARTES, COIMBRA), DIÁLOGO (GALERIA FERNANDO SANTOS, PORTO), UMA (PAINEL – GALERIA DA FBAUP, PORTO), P.- UMA HOMENAGEM A PAULO CUNHA E SILVA, POR EXTENSO (GALERIA MUNICIPAL DO PORTO).

ALSO IN 2015 SHE CREATED THE SET DESIGN FOR LASTRO BY CHOREOGRAPHER NÉ BARROS AND WAS AN ACTOR IN THE FILM A SANTA JOANA DOS MATADOUROS BY JOÃO SOUSA CARDOSO (2016). IN 2016 SHE PRESENTED THE PERFORMANCE …DE QUALQUER MODO HÁ UM RITMO FORTE…E TU SABES O QUE É. NÃO DÁ PARA PARAR, AT MAUS HÁBITOS, PORTO. THAT SAME YEAR SHE PRODUCED A MUSIC VIDEO FOR THE TRACK ‘SLEEP’ FROM THE ALBUM “THREE-BODY PROBLEM” BY @C (PEDRO TUDELA AND MIGUEL CARVALHAIS), WITH FIRST SCREENING AT PASSOS MANUEL CINEMA, IN PORTO. IN APRIL THAT YEAR, MATEUS STARTED THE RESIDÊNCIA ARTÍSTICA COMUNITÁRIA IN MOGADOURO, TRÁS-OS-MONTES, AN INVITATION BY JOÃO PINHARANDA AND FUNDAÇÃO EDP TO BE CONCLUDED IN SEPTEMBER 2017. THIS SAME YEAR SHE PERFORMED HER WORK PASSWORD FOR THE PROJECT E AGORA…? BY SUSANA CHIOCCA, AT THE PERFORMANCE EVENING IN MAUS HÁBITOS, PORTO. SHE WAS ALSO PART OF THE GROUP EXHIBITION THEM OR US, UM PROJECTO DE FICÇÃO CIENTÍFICA, SOCIAL E POLÍTICA, CURATED BY PAULO MENDES AT GALERIA MUNICIPAL DO PORTO, DURING WHICH SHE PERFORMED THE LIVE CONCERT/PERFORMANCE BOMBE À RETARDEMENT (BEFORE) WITH TWIN GIRLS AND WILD BOYS, THE BAND WITH WHICH SHE COLLABORATES, ON THE OPENING NIGHT OF THE EXHIBITION.

HTTP://CM.VIROSE.PT/

« Playlist #15 – Alexandre A. R. Costa
Playlist #12 – Susana Gaudêncio »